Domingão… dia de ficar à toa em casa, assistir
a televisão, comer coisinhas caseiras, bocejar até meio dia... só que não,
hahaha. Pelo menos não pra gente. Nosso domingo foi nada mais nada menos do que
relacionado à Estátua da Liberdade! Estávamos bem animados, pois tudo o que se
ouve falar é sobre a famosa Estátua que guarda e simboliza o país. Como era de
se esperar, acabamos perdendo o horário pela manhã, afinal... apagamos que nem
uma montanha de pedra, inertes, hahaha. Pegamos o metrô de todo dia e, para
chegar ao local do barco para a visita à Estátua, tem de se ir até a última
parada do metrô (chamada South Ferry). Não tem
erro... é tão, mas tão lotado de gente que basta seguir o fluxo. Não precisa
pedir muitas informações pros agentes que ficam nas praças, você muito
provavelmente não vai precisar. O local também é bem sinalizado, com banners e placas informando com setas as
orientações até a venda de tickets para o passeio de barco (e, claro, sempre
haverá um turbilhão de gente nas filas). O ingresso custa U$18 (não tem taxes
depois, esse é o valor que se paga mesmo). De imediato, a gente pode achar um
pouco salgado o valor, mas... acreditem... vale a pena. =) A gente visita a
ilha com a famosa Estátua, visita outra ilha próxima para visitar um museu onde
já foi o centro de imigração no século XIX e XX e, de quebra, ainda fazemos o
passeio de barco para esses locais. É bem divertido. =) Temos uma visão única
da cidade, cheia de prédios, e cabe bastante gente no barco. Você sempre
consegue um cantinho maroto para conseguir uma foto legal! (Fotos) E ainda sem
contar a delícia de brisa que tomamos, sentindo aquele cheirinho de água e lodo
– sim! Eu amo esse cheirinho! -, e ouvindo as ondas batendo contra as pedras
dos ancoradouros. É um passeio pra quase a manhã ou tarde todas, especialmente
no museu (Ellis Island).
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Vini contra o sol, um pouco antes de começar o passeio de barco! =D |
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Olha que vista linda quando o barco começa a se distanciar da ilha... |
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Todo mundo quer tirar foto da famosa Estátua... |
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Olha ela lá, e as pessoas bem pequenininhas já na outra ilha. |
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A Estátua que guarda o país. |
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Vista de pertinho! |
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Cosquinha nela! |
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Vini quer estudar, ele quer a Constituição! |
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Como todo americano costuma fazer... um bom e velho Gift Shop (Loja de Souvenirs) |
A
Estátua é, sim, bem bonita. Disso ninguém tem dúvidas. Ela é bem conservada, de
cor verde-azulada, e localizada numa ilha bonita e limpinha. Porém, achamos que
ela era bem menor do que o pessoal fala, e, sinceramente.... Achamos que o
Cristo Redentor é tão bonito quanto... tão digno quanto, merece elogios do
mesmo modo. O pessoal em geral tem mania de acrescentar pontos aos contos... É
bonito, sim, mas nada que seja uma das 7 maravilhas do mundo.
Ah,
sim... apenas um adendo... para entrar para a fila do passeio de barco, depois
que se compram os tickets, tem de se enfrentar uma outra sessão de segurança –
eles são beeeem chatos com isso. Chega a dar nos nervos o nível de controle que
eles exercem sobre tudo e todos. Muitas vezes, os seguranças, agentes ou
policiais acabam sendo BEM rudes e ríspidos, mas aprendemos a levar isso na
boa, sem tocar o lado pessoal. Apenas concorde com a cabeça, faça o que ele
fala e respira fundo... Tem certas ocasiões em que parece uma neurose absurda,
mas... sei lá, né?! Os caras passaram por situações bem complicadas, a gente
entende o lado deles também.
Bom,
quanto ao museu dos imigrantes, não conseguimos ver tudo infelizmente. Era
muita coisa, muita informação e exposição. Foi uma pena, pois não tínhamos
ideia de que seria tão cheio de atração por lá. Lemos algumas sessões sobre a
história da ilha, o que é muitíssimo interessante! Eles falam muito sobre os
imigrantes europeus que vieram trabalhar nos EUA, aqueles que praticamente
ergueram o país. Também contam sobre os asiáticos, especialmente os chineses,
que eram nada mais nada menos do que 50% da força de trabalho em várias
fábricas e, muitas vezes, eram excluídos da sociedade. Um exemplo foi um cartaz
que vimos numa das exposições, mencionando a massiva participação de chineses
na construção de uma estrada super importante, mas que foram excluídos da foto
de inauguração. =(
Também
falam muito sobre a miscigenação e o pluralismo cultural que forma, hoje, a
identidade americana. Isso tudo resumiu nossa estadia de quase um ano neste
país: ouvimos idioma de tudo quanto é canto do mundo, comemos comida de vários
países, e lidamos com culturas de todo modo diferente. Foi, em suma, uma
experiência ímpar! Coisa que só se faz quando se sai pra viajar. =)
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Museu na Ilha Ellis (Ellis Island)
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Lá
pela região da Estátua, há vários outros pontos turísticos uns bem famosos,
outros nem tanto. Aproveitamos a logística para conhecer o Charging Bull, que,
reza a lenda, dá sorte àqueles que o tocam. Foi uma pena que não conseguimos
tirar uma foto digna dele, porque estava lotado de gente fazendo fila para
sentar no touro e ter o momento fotografado. Só tocamos bem rapidinho o touro,
porque né... Turista tem de turistar. =D
Depois,
passamos pela Wall Street, cheia de bancos e seus prédios gigantescos e
majestosos (estilo século XIX). Em seguida, fomos conhecer o memorial do 11 de
Setembro. Ele é representado por duas grandes fontes – ou chafarizes –
inversos, isto é, a água escorre pelas paredes e corre em direção a um centro
também quadrangular, num loop infinito. Esculpidos na borda ou largo corrimão
do memorial, estão os nomes completos de todos os que se foram após o atentado.
É bem emocionante... Especialmente porque o primeiro nome que vi foi de uma
moça, seguido de “and her still unborn child”. Muito triste... Parece que foi
um de nossos conhecidos... Enfim, um lugar que vale a pena visitar também. Tem
muito policial em volta, monitorando a multidão de gente que passa por ali para
tirar fotos e conhecer o local. Ah, e tem muitas câmeras também, várias delas
localizadas na periferia dos prédios ao redor do local. Pra se ter uma noção do
nível de controle que os americanos têm...
Bom,
com créditos ao Vini, quem planejou nosso final de tarde – e por do sol - ,
atravessamos a ponte do Brookling a pé (tem uma área dedicada apenas a
pedestres e ciclistas). Estávamos crentes de que veríamos todos aqueles
cadeados tradicionais de juras de amor eterno, mas, não sabemos o que aconteceu
ao certo (se foi por causa da construção que estava acontecendo no meio da
ponte), mas todos os famosos cadeados já não estavam mais lá, apenas uns gatos
pingados pra contar a história, o que já valeu a pena. Foi até bem engraçado,
pois vimos de tudo amarrado na ponte (casais de todas as formas e status
financeiro, hahaha): tinha fone de ouvido, cadarço, esparadrapo, sacola
plástica e até pedaço de pacote do Mc Donald’s, hahaha! Demos boas risadas
enquanto atravessávamos a ponte, o que durou mais ou menos uma hora. Chegamos
enfim ao parque do Brookling, o que foi muito legal! Tem muita gente por lá que
vai só pra apreciar o por do sol, relaxar nos gramados e ter uma visão única da
ilha de Manhattan. Levamos nosso recém-adquirido tripé para brincar com a câmera
e tentar capturar o por do sol e o melhor que podíamos de Manhattan enquanto
anoitecia. Enfim... conseguimos fotos bem legais. =)
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Atravessando a ponte do Brookling a pé. =D |
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Poucos cadeados restantes na ponte |
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Vista da ponte do Brookling
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Já
escuro, demos uma voltinha pelo parque, que oferece bastante atividade noturna,
com músicas, bandinhas, lanchonetes com DJ, loja de sorvete, exposição... Bem
legal =) Um local que definitivamente recomendamos! A visão de lá é
praticamente imaculada! É incrível pensar que, em plena noite de domingo,
tantas janelinhas de prédios comerciais se acendem. A galera realmente não dá
pausa pro trabalho, tem de fazer a cidade funcionar.
Nossos
pezinhos já estavam pedindo misericórdia no final do passeio; por isso,
resolvemos pegar o metrô lá do Brookling mesmo até Uptown Manhattan, nosso
cantinho temporário.
Mais
um dia nesta cidade tão famosa.
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